sábado, 9 de novembro de 2013

UM VERSO DESVIANTE NO UNIVERSO

No Universo o devir irrompe como possibilidade quando uma estrela cadente arranha o céu com a incerteza de onde irá pousar...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

POEMA DO VAZIO


Um gosto amargo,

Coração apertado,

Corpo quente a sentir calafrios...

 

Tremo,

em sua presença,

Temo,

não haver poema

para findar meu desejo...

 

Quantas palavras para se aproximar,

Poucas palavras para se afastar,

A embriaguez dos sentidos desperdiça as palavras...

Como ficar na embriaguez sem cambalear?

Delinear o desejo em insinuações,

Delirar futuras ilusões...

 

O gosto amargo persiste,

Insiste sua presença para o incômodo não ser anestesiado,

O desassossego dessa vida é maçante,

Por vezes, intolerável!

Com o tempo fica indolor,

Mas isso ocorre quando desistimos de cultuar a dor...

 

O que nos resta neste momento?

Sofrimento pela dor perdida?

O vazio toma conta e morremos de medo por não possuir mais a dor já desinvestida...

 

A dor... O amor,

Palavras próximas e ao mesmo tempo distantes,

Só ama quem deixa doer,

Só dói quem deixa amar...