A produção de um medo individualizado e individualizante, o
terrorismo de que se ficará para trás dependendo das posições que se escolha, a
ameaça ao sujeito de que poderá perder a sua vida caso tome uma decisão
arriscada, aniquila qualquer ação singular e coletiva, mortifica a existência
do que insiste em resistir. O sujeito torna-se refém de sua própria passividade,
o que o faz hesitar quando convocado a qualquer ação coletiva que coloque em
risco seu projeto de vida de propaganda de margarina. Suas tímidas revoltas
para com o sistema, quando se dão, são apenas quando algo pessoal lhe atinge.
Mais do que isso seria muito esforço... O que está em jogo é o adiamento eterno
das utopias, dos sonhos, dos virtuais que são como fantasmas a tensionar o
cotidiano posto.
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