sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Crepúsculo, morte, nascimento
quando o sol resiste em se apagar podemos encará-lo em seu brilho já não tão intenso, neste instante torna-se ainda mais belo do que quando nos cega e não conseguimos apreciá-lo frente a frente, a morte é assim também, momento em que vemos a beleza do outro em seu ápice decadente, desejamos que não se vá com todas as forças, ficamos a guardar migalhas de lembranças mesmo que não consigamos prender sua luz, posto que ela se esvai, por sorte existem os nascimentos, é a esperança que precisamos para a cada dia não enlouquecer...
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Perfeição.
ResponderExcluirE quando se insiste em viver numa escuridão, fica mais difícil de observar esse sol.
Eu morro de medo daqueles segundos antes da morte. Aquela aceitação forçada de que se sabe do fim.
Creio que o melhor é ver o sol mesmo que tenhamos que tragicamente aceitar a escuridão que também virá. Declínio para o advir eterno do sol. Para se ver o sol, há que se ter coragem de escuridão, mas não se acomodar na última, posto que o jogo potente é a variação entre luz e escuridão.
ResponderExcluirÉ preciso morrer e escurecer, para então viver e clarear. Morrer é um momento de despedida e de recomeço para todos. Não creio que a loucura esteja ligada ao fato de morrer. O luto realmente é perturbador. Mas é preciso evoluir e conhecer o nosso ser. Saber que viver também é morrer e que é preciso as vezes morrer para viver. Precisamos falar mais da morte, compreender seus mistérios e envolvimentos.
ResponderExcluirPq será que não se fala da morte? A morte é do domínio de outras forças que estão para além da razão humana. Por isso, a morte encontra-se no terreno da desrazão, que é o nome grego anterior ao aparecimento da loucura. Não a loucura individualizada e patologias, mas a loucura de um mundo anômalo, não coberto pela razão humana.
ResponderExcluirPor medo! E por isso que digo e acredito que o problema é desconhecer. O que desconhecemos julgamos anormal e louco. Porque tudo que destoa na vida é morte ou loucura.
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