segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

E agora Messias?


E agora, José?

A festa acabou,

a mito minguou,

o povo sumiu,

a sexta nocauteou,

e agora, José?

e agora, você?

você que é da Havan,

que zomba dos outros,

você que faz arminha,

que mata e contesta?

e agora, José?


Está sem dinheiro,

está sem curso,

está sem gasolina,

já não pode beber,

já não pode fumar,

Comer já não pode,

a sexta esfriou,

o dia não veio,

A vacina não veio,

o auxílio não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo roubou

e agora, José?


E agora, José?

Sua canalha palavra,

seu instante de delírio,

sua gula e milícia,

sua loja de chocolate,

sua mansão de ouro,

seu terno de vidro,

sua incoerência,

seu ódio — e agora?


Com a arma na mão

quer matar até a porta,

não existe porta;

Não tem como se defender,

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.

José, e agora?


Se você saísse

se você caísse,

se você tocasse

a marcha fúnebre,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse...

Mas você não morre,

você é duro, José!


Sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem parede nua

para se encostar,

sem cavalo preto

que fuja a galope,

você marcha, José!

José, para o impeachment!

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