Este blog trata das viagens do cotidiano, das imagens que invadem a vida na insistência de uma convocação para um mais viver...
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
sobre o sintoma da ave de rapina
toda ave de rapina, nascida para voar, apresentava o seguinte sintoma quando comeÇava a adoecer: falar, ahh, se ao menos o sintoma fosse cantar, ainda se teria alguma esperança...
terça-feira, 5 de junho de 2018
duo arte
sem a arte não tem parte,
ela inventa singulares em um disparate,
despedaça o insimesmado todo do lugar.
luar... lunar, a lua se divide em partes:
metade cheia, metade nova,
minguante e crescente.
nascer e morrer,
ciclo aquoso do viver...
mas a água não vive no ar,
precisa de terra para dançar,
ziguezaguear pelos caminhos ensinuantes da deusa Gaia.
nisto a arte é o encontro da dupla:
terra e água em duo arte...
ela inventa singulares em um disparate,
despedaça o insimesmado todo do lugar.
luar... lunar, a lua se divide em partes:
metade cheia, metade nova,
minguante e crescente.
nascer e morrer,
ciclo aquoso do viver...
mas a água não vive no ar,
precisa de terra para dançar,
ziguezaguear pelos caminhos ensinuantes da deusa Gaia.
nisto a arte é o encontro da dupla:
terra e água em duo arte...
terça-feira, 22 de maio de 2018
CARTA AOS JOVENS EXTENSIONISTAS OU UM DIÁRIO EXPERIMENTAL DE CUIDADO
Escrevo esta carta aos
extensionistas da vida. Para aqueles que primam pelo contato, pela afecção dos
encontros antes mesmo de pressuporem um saber...
Aos ignorantes, minha
saudação!
Retornando de carro para
Porto Alegre - depois de um dia de trabalho num Projeto de Extensão universitário – uma dor de cabeça me
acompanhava, na verdade, me perseguia, e eu, em um primeiro instante, só desejava
fugir dela, até porque quase nunca lido com este problema de dor de cabeça.
Contudo, algumas imagens, vozes e, sobretudo um cheiro começara a me invadir e
a me transportar para acontecimentos vividos no ato de cuidado praticado no
projeto pela tarde.
Tal cheiro que
identifiquei como a causa da dor de cabeça me invadiu durante uma das visitas
que realizei com minha equipe de estagiárias na qual sou o tutor. Um cheiro de
urina extremamente forte se fazia presente, penetrando pelos poros do meu corpo
a cada instante que tentava me aproximar, mesmo que fosse pela escuta, do
usuário que visitávamos pela primeira vez. Hoje a tarde tive a sensação de
estar mergulhado em uma piscina de “xixi”, quase me afogando e levando junto
qualquer esperança de cuidar do usuário que se fazia presente na minha frente.
O
pior é que em uma conversa entre as ruelas do bairro no retorno para a Unidade
Básica de Saúde, junto a uma das bolsistas extensionistas do projeto, descubro
que o caso foi endereçado para minha equipe devido as minhas experiências com a
população em situação de rua que acompanhava a partir do serviço Consultório na
Rua tempos atrás. Depositaram em mim a esperança de mostrar as
extensionistas, isto é, as jovens estudantes de variados cursos da saúde e de
outras áreas de conhecimento, que seria possível praticar o cuidado, o
acolhimento integral em saúde, daquele senhor já um pouco caduco e de fala
enrolada que parecia ter saído de um banho de “xixi”.
Como
eu poderia mostrar isso as alunas? Nem mesmo eu acreditava que isso seria
possível, já que toda a minha atenção no encontro, basicamente, se voltara para
a tentativa de me desvencilhar do cheiro de urina que parecia me cobrir. Literalmente,
“tomamos um xixi”, só que agora não mais das “profs” das salas de aula, mas,
sim, da vida e das práticas de saúde que, muitas vezes, nos fazem tremer. Na
conversa junto a minha equipe, já na UBS, descobri que tal sentimento não era
somente meu, sendo compartilhado com todas as alunas. A sensação que tivemos é
que se pudéssemos, não voltaríamos aquela casa. Saí do encontro de trabalho
desanimado, sem nenhuma ideia de como convencer minhas alunas e eu
mesmo que poderíamos retornar ao usuário com a gana de escutá-lo, independente
do mijo que ficou em nossa memória afetiva deste primeiro encontro.
Dei-me conta que estava
enferrujado para este tipo de escuta-atenção-cuidado...
O cheiro agora me
incomoda, e me deparo que ultimamente estou preferindo os lugares mais
confortáveis como a academia e o consultório, lugares tomados por uma assepsia que
nos protege do incômodo e que por isso nos facilita a requerer uma acomodação
pouco criativa.
Isto
que começou a vir na minha cabeça no decorrer da estrada, mesmo que com todo o
mau cheiro que ia novamente me penetrando, começou a aliviar minha dor de
cabeça. Comecei a flutuar nos pensamentos sobre como poderia produzir potência
neste cuidado em questão junto ao usuário e em como convencer as alunas e eu
mesmo dessa possibilidade. E, a primeira coisa que me veio à cabeça é que o
cuidado genuíno, que aprendemos algo e nos transforma, forçando-nos a flexibilizar a alma, justamente, se passa nos “casos difíceis”,
nos encontros impensáveis que causam paralisia, desmotivação e que nos deixam
com os ombros caídos. São estes casos não protocolados - não vistos em salas de aula e em pesquisas por sempre escaparem da
previsibilidade - que nos desafiam a produzir pensamento, nos jogando em uma
zona de experimentação na qual não temos boia e que temos que nadar mesmo se
não soubermos para não nos afogarmos, inclusive, em um mar de “xixi”.
A
segunda coisa que me dei conta na minha viagem é que a última vez que tinha
experimentado este tipo de cuidado em ato ocorrera há dois ou três anos.
Após o Consultório na Rua, basicamente, passei a lecionar, pesquisar,
supervisionar e orientar na academia, e a escutar pacientes em consultório
particular. Lugares protegidos nos quais temos um suposto
controle sobre as ações que por ali se desenrolam, que acomodam de
maneira a não precisar sofrer no corpo o espanto do que nos corta com sua
diferença, com sua não adequação aos espaços limpos da academia e do
consultório. Logo percebi a importância de enaltecer e de dar as boas-vindas a
este projeto que começo a adentrar.
A extensão tem disso, nos joga para um lugar desprotegido, fora do ambiente acadêmico, nos desampara
forçando-nos a procurar abrigo no vir a ser, no que é incerto, no que nos abre
para um mundo em criação, uma experimentação! No caso de um projeto de extensão
em atenção à saúde, nos joga para “a vida como ela é” como diria Nelson
Rodrigues, para a vida singular que a cada encontro iremos escutar e tentar
colocá-la no que até então aprendemos nos meios acadêmicos. Mas que, com o
passar do tempo, acabamos por perceber como tais singularidades não cabem em
caixinhas ajustáveis de saber, elas escapam, nos causam náuseas, são
incontroláveis.
Neste
sentido, tento refletir se a aprendizagem em saúde se passa junto ao
protocolável e controlável, ou se, justamente, se passa quando acolhemos aquilo
que nos escapa e que queremos escapar a qualquer custo. Creio que nosso corpo
precisa se chocar com esses incontroláveis para ter mais vigor a cada dia, para
experimentar a diferença e com ela aprender que a vida não cabe em manuais,
sobretudo, quando se trata do cuidado em saúde.
Para
finalizar esta carta-diário, saliento a importância para olharmos-escutarmos
nossas dores, os mal-estares que possam advir em meio as novas intervenções de
cuidado, pois, elas, geralmente, nos convocam a pensar e a criar formas de
maturar um encontro de atenção à saúde que, em um primeiro momento, nos escapa. É
importante que façamos questão em relação as nossas dores, não as anestesiando
como normalmente fazemos com as dorezinhas de cabeça que volta e meia nos
incomodam na volta para a casa...
segunda-feira, 14 de maio de 2018
A história do futebol brasileiro: o mundo GreNal
http://nafurquilha.com.br/tribunal/casos-e-historias-futebol-brasileiro-o-mundo-grenal/
12 de maio de 2018
Em Casos e histórias, Tribunal da
bola
Por Na Furquilha
Por terras gaúchas, ao sul do
país, habitam e reinam dois gigantes do futebol brasileiro. Grêmio e
Internacional (GreNal) são os únicos clubes do Brasil que de alguma forma medem
forças, de igual para igual, junto às potências da região Sudeste, maior centro
econômico tupiniquim.
Internacional e Grêmio variam em
suas glórias ao longo das décadas – quando um está bem o outro está mal, e
vice-versa. No Rio Grande do Sul isso também é conhecido como a “gangorra
GreNal”. O fato é que, invariavelmente, um ou outro conseguem feitos gigantes
que, na soma da história, elevaram a dupla aos postos mais altos do país do
futebol. A dupla GreNal, ao representar o estado sul-rio-grandense, é o
terceiro maior campeão em Campeonatos Brasileiros, o segundo em Copas do
Brasil, o segundo em Libertadores, o primeiro em Sul-americanas e em Recopas
Sul-americanas, e o segundo em Mundiais. Glórias conquistadas a unhas e dentes,
dentro de um país com milhares de clubes e famoso por formar os grandes gênios
do maior espetáculo esportivo da terra.
O que acontece com esta dupla
para conseguir tais feitos, distinguindo-se das demais regiões do Brasil, que
acabam coadjuvantes em relação aos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais? Seria possível efetuar várias análises, pensar infinitas hipóteses, ou,
simplesmente, entender que não há uma explicação cabível para algo que se torna
quase místico, tocado tão somente pela magia do futebol de nos reservar sempre
surpresas em suas batalhas pelo amor da pelota.
A hipótese aqui traçada diz
respeito a algo de singular que atravessa Inter e Grêmio no que tange a alma
institucional de ambos, no caso, sua localidade territorial dentro do Brasil. O
Rio Grande do Sul, casa da dupla GreNal, é fronteiriço às linhas do Uruguai e
da Argentina, o que produziu uma cultura que acolhe tanto os costumes
brasileiros como os uruguaios e os argentinos. O povo rio-grandense é, então,
brasileiro, assim como “gaucho”. “Gaucho” sem acento no ‘u’ mesmo, que indica a
cultura sulista do sul das Américas, das bandas orientais como se dizia em séculos
passados.
E essa miscigenação parece trazer
efeitos para a proposta futebolística da dupla, já que temos, de um lado, toda
uma cultura do jogo bem jogado, do toque de bola, do ganhar jogando bonito,
significantes do futebol brasileiro, e do outro lado uma cultura que atravessa
gerações ao sul da América Latina e que indica um futebol de muita raça, que,
inclusive, volta e meia descamba para a violência. Este futebol “gaucho”,
sobretudo, supera seus adversários a partir da força, muito mais do que pela
técnica. Neste sentido, no futebol praticado entre as fronteiras de Brasil,
Uruguai e Argentina, temos dois estilos de jogo: o brasileiro, repleto de
gingado e brilho, que recorre à habilidade técnica como magia para vencer
obstáculos no campo, e o “gaucho”, marcado pela bravura de um rosto robusto e
de poucos amigos, que cozinha em fogo baixo seus oponentes para derrubá-los em
momentos de exaustão. Grêmio e Inter nascem desta fusão, e em muitos momentos
encantam o futebol brasileiro e mundial aliando técnica e garra, improvisação e
estratégia de batalha campal.
Por fim, ainda é possível
explorar as singularidades entre os dois times e indicar que, ao longo da
história, um é sutilmente mais marcado pela técnica brasileira, e o outro pela
raça das bandas orientais. O Inter costuma ganhar seus títulos com um futebol
aguerrido, mas sobretudo bem jogado. Basta lembrarmos do rolo compressor dos
anos 40, de Falcão e da extraordinária classe dos anos 70 e, mais recentemente,
de Fernandão e todo o seu estilo técnico que levou o Inter ao topo do mundo.
Jogar vistosamente é o modo colorado de ser. O Grêmio, também conhecido como
imortal tricolor, quando atinge seus grandes feitos sempre é acompanhado de uma
dramaticidade no estilo da Revolução Farroupilha, com muito sofrimento e um
sentimento de que a guerra estava perdida, mas que, ao final, é revertido em
glórias inacreditáveis. Suar sangue é o modo gremista de ser.
Sem dúvidas que existem desvios
da representação aqui traçada. Não é preciso olharmos para mais longe que o
Grêmio absolutamente técnico da atualidade, ou lembrarmos do drama colorado na
conquista do mundial contra o Barcelona, com direito a jogador do Inter
terminar o jogo sangrando, no inesquecível caso do zagueiro Índio. O Grêmio é
entre os times brasileiros o mais ‘gaucho’, o Inter é entre os ‘gauchos’ o mais
brasileiro, e ambos transitam antropofagicamente nesse ínterim de estilos
campeões no futebol.
PS: Será que o GreNal é o maior
clássico do Brasil? Ou para quem será que essa glória está reservada?
Um texto de
MÁRIO FRANCIS PETRY LONDERO
e equipe Na Furquilha
[…] pós-créditos
O autor deste artigo é Doutor em
Psicologia Social e Institucional, e cronista nas horas vagas. Interesses e
aspirações em comum entre o autor e a Furquilha, em especial o amor puro ao
futebol, levaram a este excelente material que você acaba de ler. Que venham
muito mais casos e histórias como este!
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Chuva de Palavras
Essa noite em meus sonhos você se transformou numa chuva de
palavras delirantes, se enfiava em mim por cada poro existente em meu corpo,
que coberto de roupa era inundado. Estava a me desnudar...
Da cabeça aos pés sentia sua presença me invadir, estávamos
sendo, e ensopado de você éramos pesado, ao mesmo tempo úmido, refrescante,
deslizante, uma coceira gostosa e líquida que jorrava para todos os lados...
Ah... o gozo! Você transborda em mim pelas palavras...
quarta-feira, 28 de março de 2018
A falta que a falta faz: Psicanálise e esquizoanálise em composição
Acho que muitas pessoas já viram, eu, como o Rubinho Barrichello, acabei de ver de maneira atrasada. Até então, só ouvia falar deste vídeo, alguns elogiando por tratar da falta na leitura psicanalítica, outros dizendo que o assunto era batido, outros ainda problematizando a falta para enaltecer a diferença.
Eu curti o vídeo.
A youtuber doidona, em tese, fala do desejo como falta tão "manjado" da psicanálise. Ela faz seu comentário a partir de um livro no qual o personagem principal vai em busca de algo que o complete. Todavia, mesmo quando encontrava algo familiar e complementar nesta procura, por razão nenhuma além do tempo que desgasta, percebera que uma hora tal encontro complementar acabava por perder o sentido, abandonando ou sendo abandonado pelo objeto então enamorado. O personagem novamente se colocava em busca da falta que entendia ter terminado com o objeto ilusoriamente complementar que julgava ter achado, mas que desgastou-se com o passar do tempo. A vida segue. Aqui temos a cena do desejo como falta, com a qual podemos salientar que o importante não é achar propriamente algo que complemente o sujeito, pois na verdade este objeto platonicamente idealizado se esvai, escapa, falamos do objeto a, de Lacan. Neste sentido, a miragem não é para ser alcançada, ela serve pura e simplesmente para irmos adiante na vida...
Mas, a youtuber também fala, talvez sem querer, silenciosamente, do desejo como diferença. Por que à medida que o personagem rola pela vida em busca do encontro sublime com o que supostamente lhe completaria, ele vai rolando e se encontrando com outros corpos. E isso o potencializa, faz ele possuir uma vida de encontros e surpresas, pura diferença de corpos em processo de afetação.
Desta forma, podemos observar que a youtuber fala do desejo na psicanálise e na esquizoanalise em uma tacada só. E mais, constrói uma narrativa que não produz exclusão entre elas no que tange a diferenciação que têm em relação ao desejo. Afirma, assim, uma dinâmica que se desenrola entre os dois movimentos que envolvem o desejo: a falta e a diferença.
https://m.youtube.com/watch?feature=share&v=GFuNTV-hi9M
Eu curti o vídeo.
A youtuber doidona, em tese, fala do desejo como falta tão "manjado" da psicanálise. Ela faz seu comentário a partir de um livro no qual o personagem principal vai em busca de algo que o complete. Todavia, mesmo quando encontrava algo familiar e complementar nesta procura, por razão nenhuma além do tempo que desgasta, percebera que uma hora tal encontro complementar acabava por perder o sentido, abandonando ou sendo abandonado pelo objeto então enamorado. O personagem novamente se colocava em busca da falta que entendia ter terminado com o objeto ilusoriamente complementar que julgava ter achado, mas que desgastou-se com o passar do tempo. A vida segue. Aqui temos a cena do desejo como falta, com a qual podemos salientar que o importante não é achar propriamente algo que complemente o sujeito, pois na verdade este objeto platonicamente idealizado se esvai, escapa, falamos do objeto a, de Lacan. Neste sentido, a miragem não é para ser alcançada, ela serve pura e simplesmente para irmos adiante na vida...
Mas, a youtuber também fala, talvez sem querer, silenciosamente, do desejo como diferença. Por que à medida que o personagem rola pela vida em busca do encontro sublime com o que supostamente lhe completaria, ele vai rolando e se encontrando com outros corpos. E isso o potencializa, faz ele possuir uma vida de encontros e surpresas, pura diferença de corpos em processo de afetação.
Desta forma, podemos observar que a youtuber fala do desejo na psicanálise e na esquizoanalise em uma tacada só. E mais, constrói uma narrativa que não produz exclusão entre elas no que tange a diferenciação que têm em relação ao desejo. Afirma, assim, uma dinâmica que se desenrola entre os dois movimentos que envolvem o desejo: a falta e a diferença.
https://m.youtube.com/watch?feature=share&v=GFuNTV-hi9M
Escuta da repetição ou escuta da variação?
A escuta, em psicanalise, não se passa propriamente em destacar as repetições coladas no discurso e atos de um sujeito. Ao que parece, isto seria apenas o primeiro passo, no caso, o de tensionar o sintoma e seus percursos que conduzem sempre a um mesmo enredo. O objetivo ético da escuta, seu real ato clínico, seria o de transpor o olhar que o sujeito emite em relação ao que em si se repete. Uma transposição que produz um olhar que seja mais leve, humorado, um brincar que escolhe rir dos próprios tropeços ao invés de se flagelar por eles. Não teremos a cura do que se repete, mas podemos ter a esperança de que é possível variações no modo de lidar com o que se repete em nós. Passamos de seres ensimesmados para seres inventivos então. Talvez, este espaço de passagem, seja o que a atmosfera clínica da psicanálise possa oferecer em sua escuta.
Assinar:
Postagens (Atom)