Este blog trata das viagens do cotidiano, das imagens que invadem a vida na insistência de uma convocação para um mais viver...
quarta-feira, 28 de março de 2018
Escuta da repetição ou escuta da variação?
A escuta, em psicanalise, não se passa propriamente em destacar as repetições coladas no discurso e atos de um sujeito. Ao que parece, isto seria apenas o primeiro passo, no caso, o de tensionar o sintoma e seus percursos que conduzem sempre a um mesmo enredo. O objetivo ético da escuta, seu real ato clínico, seria o de transpor o olhar que o sujeito emite em relação ao que em si se repete. Uma transposição que produz um olhar que seja mais leve, humorado, um brincar que escolhe rir dos próprios tropeços ao invés de se flagelar por eles. Não teremos a cura do que se repete, mas podemos ter a esperança de que é possível variações no modo de lidar com o que se repete em nós. Passamos de seres ensimesmados para seres inventivos então. Talvez, este espaço de passagem, seja o que a atmosfera clínica da psicanálise possa oferecer em sua escuta.
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